Nova tecnologia para produção de sementes de arroz é feita através de um sistema sustentável

A revista de de política agrícola do MAPA, que é lançada trimestralmente pelo Ministério da Agricultura, apresentou em sua última edição (julho-agosto-setembro) um artigo escrito por Adriano Pereira de Castro, Carlos Magri Ferreira e Rodrigo Sérgio e Silva, do corpo de Pesquisa e de Transferência de Tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão, dados que apontam os benefícios e a segurança da adoção do arroz em sistemas intensivos, com sucessão de culturas irrigadas por pivô central no Cerrado.

Entre os pontos apresentados pela Revista demonstrando a viabilidade da realização e os ganhos com a inserção das áreas de sequeiro na matriz produtiva, estão a melhoria do manejo do solo, o controle de pragas, a disponibilidade de biomassa ou palhada de alta qualidade, o uso eficiente de água, emissão nula de metano e a ausência de arsênio nos grãos, decorrentes do plantio irrigado por pivô central.

Além disso, a cultura do arroz envolve questões sociais e ambientais de grande significado, como geração de empregos, segurança alimentar, opção de diversificação e sustentabilidade da Agricultura, de forma geral. Assim, expandir o plantio a outros estados levará muito mais benefícios que apenas aos produtores diretamente.

Com o desenvolvimento de pesquisas em melhoramento e manejo da cultura, o Brasil se tornou, já há muito tempo, autossuficiente no abastecimento de arroz. Vale ressaltar que somos o único País no qual o sistema de terras altas desempenha papel fundamental no consumo interno, atuando como regulador de preços e favorecendo a melhor distribuição, aproximando a produção das regiões consumidoras, pela expansão territorial. Segundo a Embrapa, na safra 2019/20, o que se produziu em sequeiro respondeu por 9,5% do total colhido no País.

Por que investir recursos no aperfeiçoamento desse sistema de produção?

A resposta está em um dos principais papéis da pesquisa científica, que é antecipar soluções de potenciais problemas, oferecendo alternativas para que os produtores realizem de maneira sustentável seus negócios e garanta produtos para suprir as demandas da população.

Dentre as vantagens do pivô central, podemos destacar:

  • Simplicidade na operação;
  • Eficiência no uso de água e energia;
  • Baixo custo com mão de obra, depois de instalado;
  • Irrigação para longas distâncias;
  • Facilidade de adaptação em fazenda com solo regular e grandes extensões;
  • Eficiência e facilidade na aplicação de fertilizantes na aplicação.